Você sabe o que é espionagem?
A espionagem foi praticada e pensada desde a antiguidade. Ela tem sido parte do que normalmente chamamos de Inteligência, e consiste na prática de obter informações de caráter sigiloso relativas a governos ou organizações, sem a autorização desses, para obter certa vantagem militar, política, econômica, científica, tecnológica e/ou social.
E será que estamos sendo espionados?
Algumas situações nos provam que sim, somos constantemente espionados, sejam por empresas, governo, ou até mesmo através de engenharia social, precisamos sempre nos manter informados sobre tendências de ataques, golpes, e até mesmo sobre o que podemos ou não falar nas redes sociais.
“Offline é o novo luxo”, quem hoje que possui um smartphone fica offline? Dificilmente estamos fora dessa rede, e, portanto, precisamos saber o que escrevemos, falamos, pesquisamos dentro dela. Como podemos fazer isso de forma segura? Há grandes riscos nessas ações, uma vez que as empresas e governos que espionam, são também detentores de poder e de consideráveis técnicas para uso dessas informações, seja para adotar estratégias de marketing ou para saber sobre o pensamento político de uma população.
Logaritmos de sites de redes sociais influenciam nosso poder de compra, nossos desejos, nossas posições políticas, nossas opiniões.
Já pensou nisso?
A cibersegurança é fundamental para qualquer organização, independentemente do seu tamanho ou setor de atuação. Ela envolve a proteção de sistemas de computador, redes, dados e informações contra-ataques, acessos não autorizados, roubo de dados e outros tipos de ameaças cibernéticas.
Aqui estão algumas razões pelas quais a cibersegurança é importante para a sua empresa:
Proteção dos dados dos clientes e da empresa: As empresas coletam e armazenam uma grande quantidade de informações confidenciais dos clientes, como dados pessoais, informações financeiras e registros de transações. A falta de medidas de cibersegurança adequadas pode levar ao roubo desses dados, resultando em violações de privacidade, perda de confiança dos clientes e danos à reputação da empresa.
Conformidade regulatória: Dependendo do setor e do local em que a empresa opera, podem existir regulamentações específicas relacionadas à segurança cibernética que devem ser seguidas. O não cumprimento dessas regulamentações pode resultar em multas significativas e outras penalidades legais.
Proteção da propriedade intelectual: Muitas empresas possuem propriedade intelectual valiosa, como segredos comerciais, patentes e informações de pesquisa e desenvolvimento. A cibersegurança ajuda a proteger esses ativos vitais contra roubo ou espionagem cibernética.
Continuidade dos negócios: Ataques cibernéticos, como ransomware, podem paralisar as operações de uma empresa, causando interrupções graves e perda de receita. Ter medidas de segurança em vigor pode minimizar os danos e permitir uma recuperação mais rápida em caso de incidentes.
Evitar interrupções financeiras: Ataques cibernéticos podem resultar em fraudes financeiras, como transferências não autorizadas de fundos ou manipulação de transações. Investir em cibersegurança ajuda a mitigar esses riscos.
Proteção da reputação da empresa: Um grande incidente de segurança pode prejudicar gravemente a reputação de uma empresa. A percepção pública de falta de segurança cibernética pode afastar clientes, parceiros de negócios e investidores.
Prevenção de interrupções operacionais: Ataques cibernéticos, vírus e malware podem causar interrupções nas operações comerciais diárias. A implementação de medidas de cibersegurança ajuda a reduzir a probabilidade dessas interrupções.
Confiança do cliente: A segurança cibernética adequada demonstra compromisso com a proteção dos interesses dos clientes. Os clientes são mais propensos a fazer negócios com empresas que mostram cuidado com a segurança de suas informações.
Proteção contra ameaças em constante evolução: As ameaças cibernéticas estão em constante evolução, com hackers desenvolvendo novas táticas para contornar medidas de segurança. Investir em cibersegurança permite que a empresa se mantenha atualizada e preparada para enfrentar essas ameaças em evolução.
Preparação para o futuro: À medida que a tecnologia continua a avançar, a dependência de sistemas digitais e online aumenta. Investir em cibersegurança agora prepara a empresa para um ambiente de negócios cada vez mais digital e ajuda a evitar problemas futuros.
Quando um plano de negócios se inicia, a cibersegurança deveria estar alinhada a todo o processo, mas não é o que acontece. Tudo está em funcionamento seja com segurança ou não. Sendo assim, esse é o desafio e quais são as recomendações?
Identifique os riscos: Para projetar uma rede segura, deve-se primeiramente identificar as ameaças, que podem vir de dentro e ou fora da rede. Os riscos associados à segurança da rede incluem ações acidentais e intencionais. Por isso é importante manter-se atualizado sobre os meios de ataques ou vulnerabilidades.
Conheça a sua rede: Faça um inventário de todos os ativos da empresa, mapeando a rede física e lógica. Assim poderá identificar o que ajudará a proteger o fluxo de informação para a criação de zonas dentro da rede. Estabeleça diferentes níveis de segurança. Defina o tipo de informação que deve ser protegida.
Avalie os riscos: Depois de avaliar e priorizar os riscos para sua rede, você pode avaliar suas opções para enfrentá-los e terá uma solução mais clara para resolver seus problemas de segurança. Comece com as soluções que não requerem custos, depois avalie seu orçamento disponível e procure a melhor ferramenta para lhe ajudar.
Segurança em camadas: A proteção em camadas combina várias medidas de segurança para dar proteção a diferentes tipos e fontes de ameaças. Existem modelos diferentes de segurança em camadas, escolha um que se adeque ao seu ambiente e implante.
Crie uma política de segurança: Uma vez que você identificou todas as ameaças à sua rede e você começa a escrever informações sobre como implementar e proteger essas áreas em sua rede, você desenvolverá uma política de segurança.
Analise a situação: Comece com uma auditoria da tecnologia existente. Aproveite o tempo para criar um inventário de todos os servidores, desktops, equipamentos de rede, políticas existentes, comportamento do usuário e assim por diante.
Entenda e defina a funcionalidade necessária para o sistema: Qual serviço é necessário? Quem pode acessar um serviço? Determine os métodos para garantir a funcionalidade do sistema. O que você pode fazer para evitar que alguém use o sistema?
Implemente medidas de segurança: Sua política de segurança não terá efeito se os usuários e administradores não conhecerem as medidas.
Teste as medidas: Realize uma auditoria de segurança. Isso irá ajudá-lo a encontrar falhas ou cenários que o time de segurança possa ter perdido.
Backup: Não importa o tamanho de sua empresa, ter backup significa “poder dormir tranquilo”. Hoje há diversos meios de realizar este procedimento. Escolha o que melhor se adequar a sua empresa, mas lembre-se “quem tem um, não tem nenhum”.
Treinamento e conscientização: O elo mais fraco é sempre o usuário, então o colaborador muitas vezes acaba sendo a porta de entrada. Por esses motivos, a conscientização se torna cada vez mais essencial como parte da estratégia das empresas, então mãos à obra: elabore treinamentos, faça simulações, compartilhe com o usuário.
Plano de Resposta: Mas se algo acontecer, você está preparado? Então elabore um plano de resposta a incidentes. Mapeie todas as soluções que a empresa possui, bem como ter definido os responsáveis pelo processo de resposta de cada área da companhia. Identificado o incidente, qualificar a abrangência e o impacto nos negócios. Fazer a contenção, isolando o incidente para que ele não se propague por toda a empresa. Erradicar o problema, aplicando as correções levantadas e monitorando para se ter o resultado esperado. Recuperação, que vai restabelecer o ambiente afetado. Realizar o histórico das ocorrências do incidente, assim como documentar todos os processos de resposta que erradicaram o incidente, para a empresa estar preparada para ataques que possam ocorrer no futuro.
Gerencie e monitore: Com a alta complexidade que as redes corporativas apresentam hoje, é necessário realizar um acompanhamento proativo, visando a garantir a manutenção do acesso e a segurança da informação.
Existem hoje no mercado inúmeras soluções para auxiliar sua empresa na realização de um monitoramento de rede eficaz. Além do acompanhamento dos relatórios do antivírus e firewall. Alguns dos sinais de comprometimento da rede que podem ser facilmente identificados são: dificuldade de acesso, lentidão e redução de desempenho de alguns sistemas e processos.
Por fim, mantenha-se atualizado. Com o impulso de possibilidades no setor de tecnologia da informação, o setor se reinventa e a cada dia surge um novo risco. Manter-se atualizado é necessário. Acompanhe blogs especializados, canais de tecnologia e participe de grupos.
Em resumo, a cibersegurança é importante para a sua empresa porque protege seus dados, ativos, reputação e operações, enquanto também demonstra responsabilidade para com os clientes e parceiros. Ignorar a cibersegurança pode ter consequências graves e duradouras.
Fontes: Wikipedia e Muito mais do que uma senha segura: Segurança da Informação: um guia prático, Creative Commons.