As redes sociais se tornaram uma parte essencial da vida moderna, conectando bilhões de pessoas e empresas em todo o mundo. No entanto, essa interconectividade também abriu novas oportunidades para ciberataques e ameaças virtuais.
Sua empresa está nas redes?
A adaptação para o meio digital precisa ser acompanhada por reformulações na cultura dos colaboradores e dos clientes, já pensou nisso?
As operações cibercriminosas estão se direcionando a outras formas de canais e dispositivos além do e-mail. Isso é uma das tendências indicadas no estudo Global Fraud Analysis 2022 da Appgate. 20% dos ataques detectados representam atividades fraudulentas usando marcas corporativas, expondo operações e reputações das companhias perante clientes e parceiros.
61% nas fraudes utilizam marcas ilegalmente para atrair a atenção e a confiança da vítima e entre os canais mais utilizados nos golpes estão Facebook (40%), Instagram (28%) e Twitter (14%). Muitas empresas públicas e privadas utilizam recursos de mensagens rápidas nas redes sociais para construir melhores relacionamentos com os clientes. Esse cenário reflete em amplas superfícies de ataque, com os fraudadores se colocando entre a marca e o usuário com o objetivo de enganá-lo. O usuário possui muito apetite por informações e serviços, e com o mundo provendo essas necessidades, mais dados estão girando na rede ao alcance dos golpistas, infelizmente, por isso a importância na educação dos usuários. Ou seja, o que de fato são ações de sua empresa e como os golpistas estão agindo perante sua marca.
Segundo David López, VP de Vendas LATAM, os danos que uma empresa pode sofrer diante desses novos esquemas vão além do simples comprometimento de algum dado corporativo essencial. Ao ter a sua imagem pública relacionada a esse tipo de incidente, o dano reputacional também se torna crítico.
O executivo aconselha: “há ainda um risco importante envolvendo os investimentos no posicionamento da marca. Se a sua imagem está relacionada a índices perigosos de fraude, aplicar altas quantias em exposição de mídias sociais dificulta o gerenciamento dessas crises. Saber como reagir a essa problemática precisa ser uma das maiores demandas dos negócios digitais”.
Aqui Security Report você pode acompanhar o painel de incidentes cibernéticos de 2023, só em julho já constam as empresas Bradesco, Estée Lauder, Tribunal de Contas – RJ, Zoológico de São Paulo e a TMSC.
As redes sociais se tornaram um terreno fértil para ciberataques
Engenharia Social: As redes sociais oferecem aos cibercriminosos uma riqueza de informações pessoais sobre os usuários, como nome, data de nascimento, localização, amigos, interesses e muito mais. Esses dados podem ser usados para criar campanhas de engenharia social altamente convincentes, onde os atacantes se passam por pessoas confiáveis ou enviam mensagens personalizadas para enganar os usuários e obter acesso a informações sensíveis ou credenciais de login.
Phishing: O phishing é uma das ameaças mais comuns nas redes sociais. Os criminosos criam perfis falsos que imitam marcas conhecidas, organizações ou até mesmo amigos e familiares para enviar mensagens enganosas e convencer os usuários a clicarem em links maliciosos ou revelar informações pessoais e senhas.
Vazamento de dados: As redes sociais também podem ser usadas para coletar informações sobre usuários, que posteriormente podem ser usadas para ataques em outras plataformas ou para comprometer a privacidade e segurança do usuário. Publicações pessoais, como viagens, eventos ou hábitos, podem ser usadas por criminosos para prever padrões de comportamento e planejar ataques futuros.
Ransomware e Malware: Links maliciosos ou arquivos infectados podem ser compartilhados através das redes sociais, levando ao download de ransomware ou malware. Uma vez instalado no dispositivo do usuário, esse software malicioso pode criptografar dados, bloquear o acesso ao sistema ou roubar informações confidenciais.
Educação para colaboradores, clientes e parceiros
Para se proteger contra esses ciberataques nas redes sociais, é importante seguir algumas práticas de segurança:
Verificar a autenticidade de perfis: Antes de interagir com um perfil desconhecido, verifique se é realmente de uma pessoa ou empresa legítima.
Cuidado com links e downloads: Evite clicar em links suspeitos ou baixar arquivos de fontes não confiáveis.
Ajustar configurações de privacidade: Limite a visibilidade de suas postagens para amigos e familiares e evite compartilhar informações sensíveis publicamente.
Utilizar autenticação de dois fatores (2FA): Ative a 2FA sempre que possível para adicionar uma camada extra de segurança ao seu login.
Fique atento à engenharia social: Desconfie de mensagens inesperadas ou pedidos incomuns de amigos ou contatos conhecidos.
Mantenha o software atualizado: Mantenha o sistema operacional e os aplicativos atualizados para corrigir vulnerabilidades conhecidas.
Em última análise, a conscientização e a educação sobre as ameaças cibernéticas são fundamentais para navegar com segurança nas redes sociais e proteger-se contra ciberataques.
As empresas devem estar bem atentas em relação à segurança nas redes sociais é importante adotar uma abordagem abrangente e proativa para proteger seus ativos, dados e reputação online. Aqui estão algumas diretrizes para uma estratégia sólida de segurança nas redes sociais:
Conscientização em segurança: Eduque todos os colaboradores e parceiros sobre os riscos associados ao uso das redes sociais e como identificar possíveis ameaças, como phishing e perfis falsos. A conscientização é fundamental para garantir que todos compreendam a importância da segurança cibernética.
Políticas e diretrizes: Estabeleça políticas claras e diretrizes de uso das redes sociais, definindo o que pode e não pode ser compartilhado online. Inclua orientações sobre o uso de senhas fortes, a proteção de informações confidenciais e a interação com conteúdo de terceiros.
Monitoramento contínuo: Utilize ferramentas de monitoramento para acompanhar menções à empresa nas redes sociais, identificar atividades suspeitas e responder rapidamente a possíveis incidentes de segurança.
Controle de acesso: Limite o acesso às contas de redes sociais da empresa apenas para pessoas autorizadas. Utilize autenticação de dois fatores (2FA) e políticas de senha fortes para proteger as contas contra acesso não autorizado.
Fortalecimento da privacidade: Revise regularmente as configurações de privacidade nas contas de redes sociais da empresa e limite a quantidade de informações pessoais visíveis ao público.
Resposta a incidentes: Tenha um plano de resposta a incidentes bem definido para lidar com possíveis violações de segurança ou ciberataques. Isso garantirá uma resposta rápida e eficaz para minimizar danos.
Testes de segurança: Realize testes de penetração e avaliações de vulnerabilidades para identificar possíveis pontos fracos na segurança das contas de redes sociais e corrigi-los antecipadamente.
Parceria com especialistas: Se necessário, considere trabalhar com especialistas em segurança cibernética e empresas de consultoria para garantir que as medidas de segurança estejam em conformidade com as melhores práticas do setor.
É indispensável que as empresas com atividades nas redes tenham pleno controle das ações digitais ligadas a ela. É importante desenvolver culturas eficientes de segurança, tanto entre os colaboradores, como também entre os próprios clientes e parceiros. A criação de estratégias que garantam os valores básicos de cibersegurança, junto de bons processos e ferramentas de segurança.
A segurança cibernética é um esforço contínuo e colaborativo, envolvendo todos os níveis da empresa e seus parceiros. Proteger a presença da empresa nas redes sociais é crucial para garantir a confiança, além de evitar prejuízos financeiros e de reputação.
Fonte: Security Report.