Com o início de um novo ano é importante que as organizações estejam preparadas para as tendências e desafios nos mercados que estão inseridas. Planejar é fundamental para garantir que a empresa esteja pronta.
De acordo Fórum Econômico Mundial que ocorre anualmente em Davos, na Suíça, cerca de 1,1 bilhão de empregos serão radicalmente transformados pela tecnologia na próxima década e mais de 25 milhões de dispositivos estarão conectados à internet até 2025.
O progresso das tecnologias
A integração de novas tecnologias guiará o panorama de TI e de negócios nos próximos anos. A evolução da inteligência artificial (IA), da automação (IoT), da computação em nuvem, vem proporcionando uma melhora na eficiência operacional, na colaboração e na diminuição de custos nunca vista antes. Portanto, é evidente que as organizações que compreenderem, aprenderem e definirem o melhor uso para seus negócios de forma estratégica irão se beneficiar mais rapidamente.
Foco em cibersegurança
Com as ameaças digitais se tornando mais sofisticadas, a cibersegurança precisará ser tratada com prioridade pelas organizações. Para combater ciberameaças, é imprescindível ter ferramentas atualizadas, profissionais capacitados adequadamente, processos e a gestão bem definidas e implementadas, a fim de estabelecer uma melhor cultura de segurança em toda a organização. A segurança é responsabilidade de todos e não somente da área de tecnologia.
Vale ressaltar que um eventual vazamento de dados em um ciberataque pode acarretar diversas consequências negativas para a organização, desde danos à reputação até prejuízos financeiros. Portanto, um olhar atento a esse tema pode possibilitar antecipar ações e de gerenciar os riscos.
Gerenciamento de riscos e a continuação dos negócios
Uma forma de se preparar para interrupções inesperadas como desastres naturais, ciberataques, entre outras incertezas que permeiam os negócios, é mapear as situações que podem prejudicar as operações da empresa.
Um gerenciamento de riscos eficaz e estratégico de negócios não foca somente em tecnologias, mas em todas as ameaças internas e externas que podem afetar um negócio. Afinal, do que adianta ter tecnologias para proteção cibernética e não gerir a segurança da informação no dia a dia das pessoas, na operação dos processos partindo de seus novos escritórios, suas casas e ao meio de suas famílias.
O ano de 2024 se apresenta como um período repleto de oportunidades e desafios, especialmente para aqueles que se mantêm alertas e prontos para navegar pelas constantes mudanças desse cenário dinâmico. É fundamental destacar 12 aspectos cruciais que devem ser integrados no planejamento de cibersegurança e gestão de riscos:
1 Inteligência Artificial (IA): É essencial promover o aprendizado, a educação e o desenvolvimento de condições favoráveis para a pesquisa e aplicação prática da IA nos negócios. O foco deve ser em aumentar a produtividade, eficiência e aprimorar a experiência do cliente ou dos usuários de tecnologias.
2 Educação como diferencial
3 Internet das coisas (IoT), Automações e Robótica: Tecnologias cada vez mais interativas e proativas oferecerão conforto, praticidade, além de capacidades avançadas de detecção, predição e monitoramento. Contudo, é importante notar que os riscos crescem exponencialmente com a evolução dessas tecnologias.
4 Gestão de Riscos: Os riscos de segurança da informação fazem parte dos processos diários dos negócios. Assim, torna-se imprescindível analisar e avaliar os riscos em cada etapa, não se limitando apenas às tecnologias. Vale ressaltar que a maioria das fraudes, vazamentos ou falhas ocorre devido a erros humanos e não por falhas tecnológicas.
5 Privacidade e Governança da Inteligência Artificial (IA): A privacidade se tornará uma prioridade máxima nos negócios, com um foco crescente em garantir o uso ético, transparente e justo da tecnologia. A governança da IA será vital para as empresas, especialmente considerando as crescentes regulamentações em várias localidades, como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) no Brasil.
6 Modelos de Linguagem de Grande Escala (LLMs): As empresas começarão a se adaptar a modelos de IA específicos para seus negócios, em vez de modelos de propósito geral. Isso ajudará a alinhar melhor as ferramentas de software em evolução com as necessidades de negócios.
7 Automação em toda a empresa: A força da automação se estenderá por todas as operações das empresas, superando desafios como a fragmentação de dados e melhorando o fluxo de trabalho através da orquestração.
8 Experiência Digital Segura em primeiro lugar: As empresas integrarão ferramentas contemporâneas de gerenciamento de TI para oferecer jornadas digitais seguras, com uma abordagem centrada na identidade para proteger dados e identidades de usuários.
9 Resiliência Cibernética: Isso se tornará um diferencial forte para os negócios, com empresas investindo ativamente em planos para aprimorar sua postura geral de resiliência cibernética.
10 Realidade Estendida (XR): Esta tecnologia, que inclui Realidade Virtual, Realidade Aumentada e Realidade Mista, está ganhando popularidade em diversos setores, incluindo jogos, saúde, varejo e modelagem.
11 Impressão 3D: Esta tecnologia está impactando setores de biomedicina e industrial, com um aumento na demanda por profissionais com conhecimentos em IA, aprendizado de máquina e modelagem 3D.
12 Novas soluções energéticas: Há um foco crescente em energia renovável e soluções ecológicas, impulsionando carreiras relacionadas ao meio ambiente e à sustentabilidade.
Teremos 5 grandes desafios em cibersegurança neste ano que se inicia:
Ransomware em alta: ataques persistentes que criptografam os dados, demandando resgate em criptomoedas, causam prejuízos financeiros e interrupção operacional.
IoT e suas vulnerabilidades: a proliferação de dispositivos IoT, como câmeras e termostatos, complexifica e vulnerabiliza redes. Além disso, as falhas na segurança desses dispositivos abrem portas para invasões e roubo de dados.
Desafios na nuvem: com a expansão da computação em nuvem, a segurança dos dados armazenados em servidores remotos torna-se fundamental. Isso porque vazamentos na nuvem podem expor informações sensíveis.
Cibersegurança corporativa: empresas enfrentam ameaças constantes, com ataques direcionados a dados corporativos e propriedade intelectual. A segurança na cadeia é indispensável diante de invasões por meio de parceiros comerciais.
Amplificação de ataques DDoS com 5G: a implementação de rede 5G aumenta a capacidade dos ataques distribuídos de negação de serviço (DDoS), deixando-os mais devastadores e difíceis de conter, devido à maior largura de banda.
Avaliar a eficiência da sua estrutura de segurança atual e melhorar ainda mais as defesas, é o caminho. Pois, como sempre reforçamos, os danos que um ataque pode causar, financeiramente e na reputação da empresa, podem ser irreversíveis, causando, até mesmo, a falência de uma companhia.