Por conta das constantes ameaças, cuidar da infraestrutura de TI de clientes vem sendo cada dia mais desafiador. A recuperação de desastres de TI é uma estratégia que visa minimizar os danos e manter a continuidade dos negócios em situações de interrupções não planejadas, como falhas de equipamentos, ataques cibernéticos, desastres naturais ou outros eventos que possam afetar a infraestrutura de TI de uma empresa.
Por que os dados são tão valiosos?
Responsabilidade legal: As empresas são obrigadas a seguir diversas leis e regulamentações de proteção de dados, como o Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD) na União Europeia e a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) no Brasil. Se essas leis forem violadas, as empresas podem enfrentar multas e sanções significativas.
Confiança dos clientes: A confiança é fundamental para qualquer relacionamento comercial. Se uma empresa não consegue proteger os dados de seus clientes, ela pode perder a confiança deles, e isso pode afetar negativamente sua reputação e sua capacidade de reter clientes existentes ou conquistar novos.
Proteção contra violações: A segurança cibernética é um problema crescente em todo o mundo, e as empresas são frequentemente alvo de hackers e outros criminosos cibernéticos. Se uma empresa não proteger adequadamente seus dados, esses podem ser roubados e usados para atividades criminosas, o que pode ter sérias consequências tanto para os clientes quanto para a empresa.
Insights de negócios: As empresas podem coletar dados de seus clientes para obter insights valiosos sobre seus comportamentos e preferências. Esses insights podem ser usados para melhorar produtos e serviços, personalizar experiências de usuário e tomar decisões de negócios. No entanto, isso deve ser feito com o consentimento do cliente e de acordo com as leis e regulamentações de proteção de dados.
Continuidade das operações: Como já citamos acima, esta é a primordial. A recuperação de desastres de TI envolve a implementação de medidas preventivas e reativas, incluindo backup e recuperação de dados, planos de continuidade de negócios, testes de cenários de falhas e treinamentos para a equipe. O objetivo é garantir que os dados e sistemas críticos possam ser recuperados rapidamente e com o mínimo de perda de dados e tempo de inatividade. A recuperação de desastres de TI é importante para qualquer empresa que depende da tecnologia para operar e fornecer serviços aos clientes. A falta de um plano de recuperação de desastres pode levar a perdas financeiras significativas, danos à reputação da empresa e, em casos extremos, à falência. Portanto, é importante que as empresas considerem a recuperação de desastres como parte integrante de sua estratégia geral de gerenciamento de riscos.
Existem várias abordagens para a recuperação de desastres de TI, incluindo a replicação de dados em tempo real em locais geograficamente distantes, a virtualização de servidores e sistemas, a criação de data centers de backup e a contratação de provedores de serviços de recuperação de desastres. É o processo de restaurar o acesso aos serviços de TI, sistemas e dados após um desastre ou interrupção, seja ela causada por falha de hardware, erro humano, desastre natural ou ataque cibernético. A recuperação de desastres é uma parte crítica do plano de continuidade de negócios, pois ajuda a garantir que a empresa possa continuar a operar com o mínimo de interrupção em caso de evento catastrófico.
Mas, existem alguns passos essenciais para ter efetividade na recuperação de desastres. Entre eles, podemos destacar:
Reconhecer os principais riscos à infraestrutura
É importante para proteger o negócio contra ameaças digitais e garantir a continuidade da operação. Algumas das razões para fazer isso são:
Proteção de dados sensíveis: identificar os riscos de TI ajuda a proteger informações confidenciais, como dados financeiros, de clientes e de funcionários, contra vazamentos ou roubo.
Prevenção de interrupções no negócio: reconhecer os riscos de TI permite que a empresa tome medidas para minimizar a possibilidade de interrupções no negócio, como falhas de sistema ou ataques cibernéticos.
Melhoria da conformidade regulatória: algumas regulamentações exigem que as empresas protejam adequadamente os dados sensíveis. Reconhecer os riscos de TI ajuda a garantir a conformidade com essas regulamentações.
Valorização da marca: empresas que protegem adequadamente seus dados e sistemas podem melhorar sua reputação e fidelizar seus clientes.
Reconhecer os riscos de TI é fundamental para garantir a segurança da informação, proteger contra interrupções no negócio, e melhorar a conformidade regulatória e a segurança da marca.
Resolver ameaças
O segundo passo é resolver as ameaças que podem causar mais impacto. Por exemplo, uma infraestrutura que não tem nobreak ou a carga do nobreak não suporta o tempo do trabalho de backup, no caso de uma queda de energia. Essa deficiência impacta diretamente no processo de backup, e são deficiências como essa que devem ser identificadas.
Considerar análises frequentes sobre o backup
Analisar a quantidade de dados que uma empresa pode perder em situações de falhas, como panes e paralisações, que podem surgir por meio de diferentes ameaças. É essencial para ter um plano B em situações como as citadas e atuar como um ponto de segurança para minimizar os problemas e evitar que algo importante seja perdido. Avaliar quanto tempo máximo que um sistema leva para retomar à sua operação normal, depois de sofrer uma perda de dados ou uma pane. Considerar todas as prioridades e cada elemento da infraestrutura de TI que uma empresa atende é ter soluções realmente eficazes para corrigir o que precisa ser ajustado no prazo adequado. Bem como, saber qual o tempo máximo aceitável de inatividade, que é o tempo máximo preciso para verificar todos os sistemas, aplicativos e banco de dados da empresa. Outra análise importante é a estratégia 3x2x1, entrega segurança na operação, já que garante que a empresa tenha três cópias das informações, duas delas armazenadas em diferentes mídias e uma fora do ambiente corporativo.
Definir a retenção do backup
Quando falamos sobre arquivamento e retenção do backup, estamos nos referindo ao ciclo de vida do serviço. Ter uma boa política de backup ajuda a definir que ele terá mais eficiência. Para assegurar ainda mais sua qualidade, é importante definir os períodos de arquivamento e retenção, pois eles são de extrema importância para a empresa.
O tempo de retenção, por exemplo, determina o período de armazenamento de dados e inclui diversos fatores como: privacidade, preocupações legais e outras questões. Então, quando você define por quanto tempo as cópias são mantidas, sabe exatamente quais caminhos seguir e quais serviços devem ser realizados para evitar que, quando o tempo de retenção expirar, alguma informação seja perdida.
Fazer testes frequentes de recuperação
Realizar testes é fundamental para garantir a proteção e a disponibilidade dos dados e informações. Os testes permitem verificar se os dados estão sendo copiados corretamente e as informações estão completas e precisas. Isso ajuda a garantir que, em caso de necessidade, se tenha uma cópia de backup confiável dos dados. Também permite verificar se é possível restaurar os dados de backup com sucesso. Isso ajuda a garantir que se possa fazer a recuperação rapidamente, em caso de emergência. Além disso, pode te ajudar a identificar problemas nos processos de backup antes que se tornem graves. Por exemplo, se um teste de backup falhar, isso indica um problema com o seu hardware ou software de backup, que deve receber ajuste antes que se torne uma perda de dados total.
Os testes também garantem que você esteja preparado para emergências, como desastres naturais, falhas de hardware ou ataques cibernéticos. Sendo assim, ter uma estratégia de backup confiável e testada, dos dados, te ajuda a minimizar o impacto dessas situações. Realizar testes de recuperação frequentes é uma parte importante de qualquer estratégia de proteção de dados.
Assim, uma recuperação de desastres bem-sucedida pode minimizar os danos e manter a continuidade dos negócios. As empresas de TI devem ter um plano de recuperação de desastres bem desenvolvido para garantir a resiliência e a sobrevivência em caso de desastre. E ela faz parte do gerenciamento de riscos, um processo que ajuda as empresas a identificar, avaliar e reduzir os riscos que podem afetar seus objetivos estratégicos. Os riscos podem ser internos ou externos e podem variar em magnitude e probabilidade de ocorrência. O gerenciamento de riscos é uma prática essencial para qualquer empresa que queira garantir a continuidade dos negócios e o sucesso a longo prazo. É importante que as empresas dediquem tempo e recursos adequados para identificar, avaliar e reduzir riscos para garantir que possam enfrentar os desafios e oportunidades do futuro de forma segura e sustentável.
Fonte: Addee.