Olá gente,
Essa semana o Anderson, um dos profissionais aqui da empresa participou de um evento online sobre Cibersegurança para Negócios, organizado pela graduanda em Cibersegurança, a Samira Silva.
O evento vai até o dia de hoje, podem rever pelo canal. Nele participam profissionais que tratam de segurança em nuvem, infraestrutura, estratégias de negócios alinhadas à cibersegurança, direito digital e projeções para a área em 2023.
Diante deste assunto tão importante para a sustentabilidade dos negócios, esperamos responder algumas perguntas com o conteúdo de hoje, são elas:
Como posso proteger melhor as informações da minha empresa?
Como evitar que as informações da minha empresa sejam roubadas?
Para iniciar vamos ao significado de cibersegurança. Você sabe o que é?
Cibersegurança é a prática de proteger redes, dispositivos, aplicativos, sistemas e dados de ameaças cibernéticas. O objetivo geral é evitar ataques que tentem acessar ou destruir dados, extorquir dinheiro ou interromper operações normais de negócios, sejam internas ou externas à organização.
Os ciberataques empresariais dispararam em volume e complexidade. Os cibercriminosos estão sempre dispostos para aproveitar as novas oportunidades. De acordo com o FBI, os casos de crimes cibernéticos deram um salto de 300% em 2020, no início da pandemia. Um dos motivos desse aumento se deveu aos hackers que visaram empresas que adotaram o home office e a força de trabalho remota sem ter uma forte infraestrutura de cibersegurança.
Alguns tipos comuns de ciberataques
Ataques de engenharia social: é a prática de manipular pessoas para obter informações confidenciais e sigilosas para ganho monetário ou acesso a dados. Inclui o phishing e o spear phishing e pode ser combinado com outras ameaças para incentivar o usuário a clicar em links, baixar malware ou confiar em fontes mal-intencionadas.
Ataques de malware: é um software mal-intencionado, como os vírus, worms, spywares e adwares capaz de infectar computadores. O ransomware é um malware conhecido que acessa e bloqueia arquivos ou sistemas para extorquir o pagamento de resgate.
Ataques à Internet das Coisas (IoT): agora existem mais dispositivos do que pessoas no mundo, ou seja, várias oportunidades para hackers, pois esses dispositivos são vulneráveis a ataques man-in-the-middle (é uma forma de ataque em que os dados trocados entre duas partes são de alguma forma interceptados, registrados e, possivelmente, alterados pelo atacante sem que as vítimas se apercebam), ataques de negação de serviço (DoS), malware, ataques de negação de serviço permanente (PDoS) e ataques de dia zero.
Ameaças persistentes avançadas (APTs): são ataques com vários estágios, nos quais os hackers se infiltram em uma rede sem serem percebidos e ficam ali dentro por um período prolongado para acessar dados sigilosos ou interromper serviços essenciais. Em geral, as APTs se destinam a setores com informações de valor elevado, como defesa nacional, produção e finanças.
Ataques de negação de serviço (DoS): acontecem quando o atacante inunda o servidor ou a rede para torná-los temporária ou indefinidamente indisponível, geralmente com tráfego excessivo para que outros usuários não possam acessar. Essa interferência leva a uma disrupção completa dos sistemas conectados e causa interrupções em grande escala e consequências financeiras significativas devido ao tempo de inatividade.
E como funciona a cibersegurança nas empresas?
Não existe uma solução única de cibersegurança empresarial. A estratégia de segurança em camadas, protege com diferentes tecnologias de segurança os principais pontos de entrada de ameaças. A segurança multicamadas aumenta consideravelmente o grau de dificuldade de penetração de um intruso, reduzindo drasticamente o risco de um hacker ter acesso indevido à rede e dados de empresas.
Uma empresa pode estar mais tranquila sabendo que uma ameaça terá muito mais dificuldade em causar algum dano, ou não conseguirá, pois caso ultrapasse alguma camada, deverá ser barrado pela camada seguinte. Quando implementada corretamente, uma estratégia em várias camadas oferecerá proteção. Se a cada vez que um hacker ultrapassar uma das camadas, existir outra esperando por ele, as chances de que ele desista e procure por um alvo mais fácil são bem maiores. As várias camadas de proteção trabalham em conjunto para proteger contra a interrupção de processos e de acesso, mudança, destruição ou sequestro de informações.
Segurança dos aplicativos: entre seus tipos, estão os programas antivírus, os firewalls e os programas de criptografia.
Segurança na nuvem: inclui classificação de dados, prevenção contra perda de dados, criptografia e muito mais.
Segurança da IoT: com a proliferação da IoT, também há a proliferação dos riscos. Embora a segurança da IoT varie de acordo com o dispositivo e sua aplicação, a instalação de segurança nos dispositivos, a garantia de integração e atualizações seguras e a proteção contra malware estão entre as melhores práticas de segurança da IoT.
Segurança da infraestrutura essencial: é implementada para proteger esses sistemas contra desastres naturais e ataques físicos e cibernéticos.
Segurança de rede: é uma combinação de soluções de hardware e software que protege do acesso não autorizado, que pode resultar em interceptação, alteração ou roubo de informações. Entre os tipos de segurança de rede temos login, senhas, segurança dos aplicativos e firewall.
Segurança do ponto de acesso: inclui proteção antivírus e antimalware, segurança IoT e segurança na nuvem.
Segurança da informação: tem como foco a manutenção da confidencialidade, integridade e disponibilidade de todos os dados digitais e analógicos das organizações. Há muitos tipos de segurança da informação, como segurança de aplicativos, criptografia e recuperação de desastres.
Prevenção contra perda de dados: tem como objetivo impedir que dados confidenciais saiam da organização, sejam divulgados intencionalmente ou compartilhados sem querer. A tecnologia de DLP rastreia, identifica e impede o fluxo de informações não autorizadas com classificação, criptografia, monitoramento e aplicação de políticas.
Gestão de identidade e acesso: como autenticação de dois fatores, autenticação multifator, gestão de acesso privilegiado e biometria, ajudam as organizações a controlar o acesso dos usuários a informações sigilosas.
Gestão de eventos e informações de segurança (SIEM): as modernas soluções SIEM monitoram e analisam dados e eventos de segurança em tempo real e ajudam organizações a detectar e responder a ameaças cibernéticas antes de interromperem as operações de negócio. Com Inteligência Artificial (IA) e Machine Learning, o SIEM oferece funções analíticas avançadas do comportamento de usuários para se manter a par da constante evolução das ameaças.
Treinamento de conscientização em cibersegurança: os usuários finais são, ao mesmo tempo, a primeira linha de defesa contra os ciberataques e o elo mais fraco da cadeia de cibersegurança. Estima-se que o comportamento humano cause até 90% dos ciberataques. É fundamental informar continuamente os usuários sobre as iniciativas de cibersegurança para que façam escolhas inteligentes de defesa cibernética.
Qual a estrutura ideal de cibersegurança de uma organização?
A estrutura de cibersegurança do National Institute of Standards and Technology (NIST) tem cinco pilares para orientar as organizações a respeito das melhores práticas para gestão do risco cibernético e construção de uma estrutura robusta de cibersegurança.
1 Identificar: Este pilar básico envolve o total entendimento dos ativos e dos riscos para possibilitar a implementação de políticas e procedimentos de gestão de riscos.
2 Proteger: Este segundo pilar se concentra em estabelecer as proteções adequadas para a organização de eventos de cibersegurança.
3 Detectar: A implementação de medidas como monitoramento contínuo para identificar eventos de cibersegurança.
4 Responder: Detectado o evento, ter um plano de resposta rápida e apropriada para conter o impacto.
5 Recuperar: A capacidade de restaurar recursos e serviços após um ataque à cibersegurança torna os negócios resilientes e é tão importante quanto responder aos ataques com rapidez.
Todos os elementos de cibersegurança estão evoluindo. Os novos alvos surgem lado a lado com as novas tecnologias.
Com a descoberta diária de novos malware e vírus e com a estimativa de que os danos ligados ao cibercrime chegarão a US$ 10,5 trilhões anuais até 2025, as defesas de cibersegurança precisarão evoluir ao lado ou à frente das ameaças. A abordagem zero confiança, em que se pressupõe que nenhum dispositivo, usuário ou serviço é digno de confiança, pode configurar todos os aspectos da cibersegurança das organizações e levar a um futuro cibernético mais seguro.
A maior vulnerabilidade de uma empresa está em não conhecer seus pontos fracos. Muitas seguem com as atividades, sem nem ao menos conhecer os riscos de operar sem proteção. A cibersegurança deve ser prioridade e estar no orçamento e estratégia das organizações.
Fonte: Canal Youtube Samira Silva e SAP.