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Vulnerabilidades: como elas prejudicam e como se proteger

O gerenciamento de vulnerabilidades é um processo contínuo que visa detectar, analisar, classificar e tratar os riscos que podem ameaçar a saúde do negócio. Adotar uma postura preventiva, e não apenas apagar incêndios, é fundamental para evitar e até mesmo minimizar os danos das ameaças cibernéticas.

Não existem sistemas infalíveis, mesmo quando são reportadas e corrigidas, as vulnerabilidades ainda podem representar sérios riscos para as empresas. No dia 2 de julho de 2021, a Microsoft divulgou um alerta sobre uma falha crítica de segurança, detectada em todas as versões do seu sistema operacional, 5 dias depois, a empresa anunciou a correção da vulnerabilidade. Mesmo assim, a falha já está sendo explorada por diversos cibercriminosos.

As vulnerabilidades são as brechas, os riscos de segurança que podem ser explorados. No caso da falha da Microsoft, o atacante pode ter acesso a outros computadores em uma rede de uma organização.

Dos inúmeros impactos causados por violações e ciberataques, os prejuízos financeiros são os mais preocupantes. Além desses, os impactos dos ciberataques também ocorrem nos processos da empresa. Isso porque as etapas de detecção, resposta e recuperação de um incidente de segurança, podem ser bem longas em relação ao tempo.

Cibersegurança é uma questão de sobrevivência, pois as vulnerabilidades são frequentes, e os impactos dos ciberataques são preocupantes.

As empresas estão atentas às frequentes atualizações liberadas pelos desenvolvedores?
Você pode saber mais sobre as atualizações no conteúdo de: Atualizações: protegendo seu ambiente de TI.

Infelizmente muitas não. Em janeiro de 2020, a Microsoft anunciou o fim do suporte ao Windows 7. Mesmo assim, pelo menos 100 milhões de PCS no mundo ainda rodam com esse sistema, segundo a ZDNet. Todo sistema pode apresentar vulnerabilidades, imagine um sistema para qual o desenvolvedor não fornece mais suporte?

As ações de cibersegurança não incluem apenas o combate de ciberataques, mas um plano amplo, envolvendo:

  • Prevenção;
  • Detecção;
  • Respostas e;
  • Recuperação.

Veremos mais sobre esse assunto no próximo conteúdo do blog sobre a importância das empresas possuírem um plano de segurança.

Quais são as vulnerabilidades mais comuns?

Problemas de infraestrutura e configurações

Mesmo que os softwares estejam devidamente atualizados podem representar riscos para a organização. Essas vulnerabilidades podem ser falta ou negligência na gestão de backup, antivírus e firewall, assim como má configuração dos servidores e ausência de uma política de controle de acessos dos usuários. Todas essas brechas podem ser portas de entrada para cibercrimes.

Erros humanos

Falhas por desatenção, exclusão acidental de arquivos, erros devido à falta de conhecimento e até ações mal-intencionadas: a verdade é que as vulnerabilidades associadas a colaboradores e parceiros são muito frequentes. Os próprios colaboradores podem executar arquivos maliciosos nos dispositivos, o que abre espaço para invasões e perda de dados. Assim, investir em um treinamento de cibersegurança para toda a equipe e os parceiros é fundamental, garantindo o alinhamento com a política de segurança da informação do negócio.

Dispositivos físicos

Informações armazenadas em dispositivos como HDs externos, pendrives, CDs e celulares estão vulneráveis a roubo, perda e outros incidentes de segurança. Nesse cenário, além de reforçar as boas práticas de conscientização e efetuar o backup adequado, é importante instruir sobre a proibição do uso de mídias físicas não autorizadas no ambiente corporativo.

Desastres naturais

Queda de energia, enchentes, incêndios… podem danificar a parte de hardware e interromper as operações da organização.

Falta de atualização e do correto licenciamento de softwares

O uso de sistemas não atualizados e sem o devido licenciamento expõe a empresa a inúmeras falhas de segurança. Sem patches e updates frequentes, os softwares se tornam uma verdadeira porta de entrada para malwares e a ação cibercriminosa. O uso de softwares desatualizados é uma grande falha de segurança e expõe o negócio a vulnerabilidades desnecessárias.

Como gerenciar as vulnerabilidades na minha empresa?

  1. Na fase inicial do processo, analise e documente todas as principais informações sobre a empresa e o setor de TI: porte, infraestrutura, riscos, quantidade de dispositivos e aplicações utilizados, formas de armazenamento de dados, fabricantes dos softwares adotados e versões empregadas;
  2. Determine os profissionais responsáveis pela gestão, seja eles interno ou terceirizado, é fundamental que sejam devidamente capacitados e especialistas do ponto de vista técnico, operacional, analítico e estratégico;
  3. Faça um mapeamento de todos os riscos, com foco especial nas informações sigilosas e prioritárias para a organização;
  4. Realize a análise de todo o cenário para definir as ações mais importantes e mais relevantes e;
  5. Adote indicadores e produza relatórios para mensurar a performance do gerenciamento de riscos, identificando brechas, prevendo futuros incidentes e implementando melhorias contínuas.

As vulnerabilidades são consequências dos avanços tecnológicos e elas fazem parte do processo de evolução. Esse caminho planejado com antecedência, ajudará no gerenciamento das vulnerabilidades e na continuidade dos negócios.

Em caso de dúvidas, busque ajuda de especialistas para garantir sua proteção e segurança.